Como montar uma editora [Etapas + Dicas para o Sucesso]

Que tal abrir uma editora? Existem três tipos de editoras  no Brasil: as grandes, que cuidam dos best-sellers nacionais e internacionais; as médias, que tratam de livros feitos em parceria com o autor ou instituições, e as pequenas, que publicam livros que são bancados por quem escreve.

A distribuição deles continua sendo um grande problema. De acordo com informações do Sebrae, as grandes editoras pagam para ter espaços nas livrarias. O número de lançamentos é muito grande.

As medianas necessitam dar descontos bem altos para poderem ter certo reconhecimento para que os livros tenham lugar nas lojas. E onde ficam as pequenas nisso tudo? Essas só conseguem algum espaço mínimo se tiverem uma espécie de acordo com uma distribuidora.

Ainda que o contexto seja aparentemente hostil, é um mercado que cresce a cada dia. Mas como isso acontece?

Segundo informações da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE), a quantidade de livros religiosos sofreu crescimento de 27,08% e de obras gerais, 10,82%.

Para quem quer entrar no ramo e abrir uma editora, é preciso estar atento aos segmentos disponíveis e esse é o caminho para quem quer ter sucesso. Dentre os segmentos que são positivos nesse sentido, há os de publicações religiosas, em questão de tiragem, e os didáticos em  faturamento.

Análise da concorrência de uma editora

Para um empreendedor,  montar uma editora será bem trabalhoso no sentido de buscar mais detalhes do segmento onde vai atuar, do público escolhido. Nesse ramo de atividades, o empreendedor precisará  sugerir alterações aos autores, com o objetivo da publicação ter entrada no mercado.

Tais modificações podem ser feitas em aspectos ortográficos, semânticos ou ilustrativos, tudo com o propósito de adequar a publicação às vendas.

Para poder chegar a tais conclusões, será necessário então fazer uma análise da concorrência para poder então identificar em que momentos da produção de livros elas podem estar eventualmente cometendo falhas.

Dessa forma, aquele que vai abrir um novo negócio precisa utilizar  pesquisas de mercado, que vão identificar quais espaços já preenchidos pelas editoras e onde ainda há chances de ingresso ou inovação.

Onde a editora deve estar localizada

A editora deve estar em bairros próximos à região central das cidades ou em ruas movimentadas, onde há a possibilidade dos autores se dirigirem com mais facilidade ao local para fazer as negociações.

Em linhas gerais, existem aspectos que sempre devem ser considerados por aqueles que vão abrir um negócio e estão escolhendo onde situar a empresa.

São eles: ruas movimentadas, onde há fartura de transportes públicos, tais como ônibus, metrô, táxi e trem; vias pavimentadas e que não alaguem, pois não há nada mais desconfortável aos trabalhadores da empresa e, principalmente aos clientes, do que uma rua que fica cheia d’água quando chove abundantemente; serviços públicos bem servidos, tais como água, luz, telefone, gás e segurança; quitação dos impostos; alvará de funcionamento concedido pelo Governo Municipal e ter amplo estacionamento para aqueles que forem ao estabelecimento.

Como tornar a editora conhecida

A editora será bastante conhecida a partir do momento em que definir quem serão os seus clientes, para então poder investir em um plano de comunicação que seja suficiente para atingir tal público-alvo.

Se o segmento é religioso, por exemplo, é muito importante o dono de o empreendimento ter contato com as congregações, pastorais, centros, enfim, com os grupos representantes de religiosos para que possa então mostrar o negócio.

O importante é sempre estar bem próximo aos possíveis clientes, sempre esclarecendo todos sobre as reais necessidades e desejos desses.

Dicas de negócio para uma editora

Aqueles que vão abrir uma editora devem ter em mente que atualmente existe um aspecto muito valioso e que, ao invés de ser visto como um obstáculo, precisa ser aproveitado para o bem: a internet.

As editoras atuam cada vez mais fortes contra as ondas de reprodução bibliográfica que ocorrem na rede mundial de computadores. Contudo, é quase impossível partir para determinadas medidas em uma época em que a informação é valorizada demais e tem ainda um detalhe inseparável dessa valorização: o conteúdo gratuito.

Já que o movimento de acesso a quase tudo é irreversível, a editora deve lançar meios também para estar atenta a isso. Por exemplo, manter blogs com comentários sobre livros, procurar aproximar os autores dos leitores por meio das redes sociais ou ainda oferecer trechos dos livros impressos são dicas importantes para quem vai abrir uma editora.

Além dessas orientações, existe também outra: uma editora que comercialize e-books, os livros que podem ser lidos no ambiente online. A grande possibilidade é que existem diversos autores, não muito famosos, que atuam somente para o mercado virtual, saindo muitas vezes bem mais em conta do que o método tradicional.

Ao mesmo tempo em que é uma demanda nova, aqueles que pretendem abrir uma editora devem ter no planejamento de negócio que um empreendimento como esse pode ter como segmento de mercado exatamente o apoio aos autores desconhecidos e que querem publicar seus livros na internet. É uma possibilidade para quem está ingressando no mercado, seja do  lado de quem escreve, como também de quem edita o livro.

Muito se fala que o papel acabará: jornais estariam fadados ao fracasso e os livros físicos empilhados em livrarias e bibliotecas ficariam gravados na memória do povo como peça de museu. Sendo essa profecia verdadeira ou não, não se sabe ainda.

Mas a mais pura verdade é que jornal não vende papel, ele comercializa notícia; e uma editora não vende diversas folhas empilhadas, que seriam os livros, mas sim, organizam uma grande imensidão de assuntos que são tratados por diversos autores.

Elas servem como filtros e ainda que o papel esteja com seus dias contados, as editoras continuarão existindo, pois é preciso ter empresas especializadas em selecionar e trabalhar os temas propostos de modo a agradar a todos os tipos de público.

Sem a editora, os leitores teriam de buscar as informações, compilar e ainda comparar com outros para ver se teria algum sentido. Ou seja: seria um trabalho muito grande a todos aqueles que se atrevessem a ler algo.

Portanto, os empreendedores que desejam abrir uma editora não precisam ter medo dos boatos que acontecem por conta da rede mundial de computadores e os papéis. Simplesmente devem compreender que sempre será necessário ter uma empresa intermediária no processo de obtenção de dados e transformá-los em informações mais compreensíveis.